Maia diz que portaria da Saúde sobre aborto é ilegal e busca suspensão

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chamou hoje de “ilegal” uma portaria do Ministério da Saúde que obriga médicos a avisarem a polícia em caso de pacientes que pedirem pela interrupção da gravidez causada por estupro. Ele acrescentou buscar apoio dos deputados federais para reverter e suspender o ato.

A portaria da pasta foi editada na semana passada e também altera outros pontos para o atendimento de mulheres que peçam pela realização do aborto previsto em lei. Por exemplo, que o profissional de saúde informe à mulher quanto à possibilidade de ver o feto em exame de ultrassonografia e que a paciente assine termo de consentimento de possíveis complicações no procedimento.

Publicado em www.uol.com.br/universa/

Nova delegacia digital registra crimes contra as mulheres

Mulheres em situação de violência doméstica e familiar poderão solicitar medida protetiva e registrar crimes, a partir desta quinta-feira (20), por meio da nova Delegacia Digital da Polícia Civil. O processo de registro poderá ser feito por meio do site www.delegaciadigital.ssp.ba.gov.br. As mulheres podem registrar todos os tipos de violência, com exceção da lesão corporal grave e da lesão corporal seguida de morte.

Logo após o acesso à delegacia, aparecerá na sequência uma página com as instruções de uso e também o alerta de que falsa comunicação é crime. Em seguida a vítima colocará seus dados pessoais e relatará o caso.

A secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia, Julieta Palmeira, destacou a satisfação com a nova Delegacia Digital, marcando de forma significativa o Agosto Lilás, dedicado ao enfrentamento à violência contra as mulheres.

“O avanço tecnológico se concretiza quando chega até as pessoas e adquire a dimensão de melhorar a vida das pessoas. E esses nossos serviços disponibilizados na delegacia digital abre uma janela de acolhimento, especialmente nesse momento de pandemia em que as mulheres enfrentam mais dificuldade até em sair de casa para fazer uma denúncia”, pontuou, destacando que a delegacia digital é uma conquista que atende à reivindicação do movimento de mulheres e resulta de diálogos iniciados há pouco mais de um ano com a SSP.

O secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, destacou que “a ampliação da Delegacia Digital estava em fase intermediária, mas, diante da pandemia e da necessidade de redução de circulação de pessoas, aceleramos o processo e estamos entregando a ferramenta renovada”. O titular da SSP acrescentou que a medida foi possível por conta do empenho das equipes da Superintendência de Gestão Tecnológica Organizacional (SGTO) e da Polícia Civil.

Com a ampliação da plataforma da Secretaria da Segurança Pública também poderão ser registrados casos de violência contra a criança e o adolescente, contra o idoso, de estelionato, intolerância religiosa, ataque via redes sociais, racismo, homofobia, roubo, ameaça, furto entre outros delitos.

Nos crimes contra a mulher, criança e adolescente e idoso, envolvendo violência física ou sexual, que necessitam de exames periciais, a unidade virtual enviará a guia para exame, através do e-mail cadastrado pelo internauta. Com o documento impresso, a pessoa se dirige até o Departamento de Polícia Técnica (DPT) e realiza o procedimento de corpo de delito.

Não poderão ser registrados na plataforma, casos de homicídio, latrocínio, lesão dolosa grave ou seguida de morte, infanticídio, suicídio, aborto, extorsão mediante sequestro, crimes contra o patrimônio com violência física (a não ser que sejam cometidos contra mulher, criança, adolescente e idoso) e perigo de contágio de moléstia grave ou para a vida ou saúde de outrem.

Pós registro

Depois de prestar a queixa virtual, a vítima deverá ficar atenta à sua caixa de e-mail, por onde receberá o Boletim de Ocorrência e, posteriormente, as instruções dos delegados e investigadores responsáveis pela apuração do caso. Mais informações, documentos, fotos e vídeos poderão ser requisitados.

Outra novidade da Delegacia Digital está no formulário. Foram acrescentados os campos para inclusão do CPF e da identidade sexual e de gênero. “Essa plataforma virtual permanecerá em constante atualização para melhor atender o cidadão baiano e os turistas”, completou Barbosa.

Com informações da SSP
FONTE: ASCOM | SPM Ba

Nota de Repúdio da Tamo Juntas sobre o crime de estupro de vulnerável e a Declaração da Ministra Damares Alves

Caso grave tomou repercussão na imprensa pela violência sexual e institucional sofrida por uma criança de apenas 10 anos que está grávida, vítima de estupro, praticado pelo próprio tio, no município de São Mateus-ES.
A Tamo Juntas, Assessoria Multidisciplinar para Mulheres em Situação de Violência, vem a público manifestar seu repúdio e exigir o cumprimento imediato da legislação brasileira tendo em vista a flagrante violação dos direitos da criança, de apenas 10 anos, que aguarda análise do Tribunal de Justiça do Espírito Santo para que realize procedimento de interrupção de uma gestação resultado de abuso sexual.

Esta criança é abusada desde os seis anos pelo tio e, aos dez anos, engravidou em decorrência do crime de estupro de vulnerável. Essa menina teve sua saúde física, emocional e social amplamente violada. E pela própria legislação ela tem garantido direito de interromper essa gravidez.

No Brasil, existem duas situações em que o aborto é permitido; quando há risco de vida para a gestante e se a gravidez resulta de um estupro (artigo 128 do Código Penal). A vítima nesse caso se enquadra nas duas possibilidades de aborto legal no país. Mais do que uma permissão do Estado, o aborto nas situações acima é um direito legalmente instituído e não está sujeito a qualquer análise do Poder Judiciário. A situação desta criança escancara a violação dos direitos das meninas e mulheres no Brasil que; ao invés de garantir um abortamento seguro, como determina a lei, o Estado age como violador -ao impor, sob perspectivas religiosas, uma gestação forçada a uma criança vítima de abuso sexual.

Ao passo disso, como manifestação do estado de exceção atual no Brasil, temos o sequestro das políticas públicas do Estado, pelo fundamentalismo cristão. A proposta da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, ao se manifestar publicamente sobre o caso, falou em “ajudar” e “cuidar” da família e da criança, em troca de manter uma gravidez -resultado de um estupro- em uma menina de 10 anos, nos causa repugnância. Ao Estado não cabe ajudar, mas prestar a assistência devida na interrupção da gestação de forma segura e, portanto, urgente. Ao Estado não cabe ser o proprietário do corpo e da capacidade reprodutiva das mulheres. Ao Estado cabe garantir a proteção integral dos direitos desta criança, garantindo-lhe o atendimento para interrupção da gravidez sem sujeitá-la a mais violações. Ao Estado, cabe garantir os direitos e sexuais reprodutivos como direitos humanos.

Gravidez imposta é tortura! Soma-se a isso, o risco de morte materna muito maior entre meninas de 10 a 14 anos, pela precocidade da gestação – colocando a vida dessa criança em risco a cada dia que passa. Essa criança não deve ser ainda mais penalizada por toda a violência sexual que sofreu, sendo a interrupção da gestação uma medida urgente e necessária para resguardar sua dignidade e integridade física e psicológica. Exigimos providências imediatas no cumprimento da lei para interrupção imediata desta gestação.

NOTA PÚBLICA DA FRENTE PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO DO ESPÍRITO SANTO (FLAES): GRAVIDEZ INFANTIL FORÇADA É TORTURA!

NOTA PÚBLICA DA FRENTE PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO DO ESPÍRITO SANTO (FLAES):
GRAVIDEZ INFANTIL FORÇADA É TORTURA!

Foi noticiado pela imprensa capixaba e nacional nos últimos dias o caso de uma menina de 10 (dez) anos de idade, no município de São Mateus/ES, grávida em decorrência de estupro praticado por seu próprio tio.
No caso em questão, a vítima é abusada desde os 6 anos pelo tio e, agora aos dez, engravidou como resultado de ESTUPRO DE VULNERÁVEL. Essa gestação é fruto de uma violência sexual gravíssima. A saúde da menina foi violada, tanto emocional, social e fisicamente. Será, uma violação ainda maior, se a interrupção dessa gestação, não acontecer.

Existem hipóteses de aborto legal na nossa legislação para os casos de estupro ou quando há risco de vida para a gestante, não sendo necessária autorização judicial ou B.O para solicitar o procedimento na primeira circunstância.
A simples leitura do artigo 128 do Código Penal permite concluir que nesse caso a criança está amparada PELAS DUAS HIPÓTESES DE ABORTAMENTO LEGAL PREVISTAS! Não se trata de caso de interpretação jurídica, mas de simples leitura da letra da lei, a legislação é transparente.
ASSIM, O PRESENTE CASO SE AMOLDA ÀS HIPÓTESES LEGAIS DE ABORTO, NÃO SENDO NECESSÁRIA AUTORIZAÇÃO PARA A INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ!⠀⠀
⠀⠀⠀⠀
É indiscutível que essa criança tem o direito ao ABORTO LEGAL, SEGURO E GRATUITO!
Dados do próprio Ministério da Saúde confirmam que A MORTALIDADE MATERNA É MAIOR NA FAIXA ETÁRIA DE 10 A 14 ANOS!

Ainda, em documento emitido pelo CLADEM, organização reconhecida pela defesa dos direitos das mulheres Latino-americanas e Caribenhas, intitulado “BRINCAR OU PARIR”, está documentado que meninas de 14 anos ou menos, por não terem ainda formado o piso pélvico podem sofrer muitas complicações físicas durante a gravidez e parto, sem mencionar possíveis custos psicológicos como depressão, ansiedade, ou estresse pós-traumático.
GRAVIDEZ INFANTIL É TORTURA! Significa a negação de muitos direitos e a interrupção de um futuro, expondo a criança a muitas outras formas de vulnerabilidade.
O que ainda está em análise? Há urgência para salvar uma VIDA! Uma vida de uma criança de 10 anos que há 4 é abusada sexualmente e psicologicamente, inclusive ameaçada de vida por um familiar.
A vida que está em jogo é a dessa criança, não do feto! Não há que se falar em religião ou moralidade, o Estado PRECISA minimizar os danos e resguardar os direitos dessa menina. ⠀⠀
O tempo está correndo contra ela. Cada dia que passa é mais violador, já que a burocracia e a falta de celeridade não ajudam em nada.

Pedimos para que todes DENUNCIEM essa VIOLAÇÃO de diversos direitos e PRESSIONEM do jeito que puderem para que isso cesse IMEDIATAMENTE!

#PelaVidaDasMulheres
#ServiçoDeAbortoLegalParaNãoMorrer
#GravidezAos10Mata
#AbortoSeguro
#MeninasNãoMães
#BrincarNãoParir

Assinam essa nota:
FRENTE PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO DO ESPÍRITO SANTO (FLAES)
Fórum de Mulheres do Espírito Santo/AMB (FOMES)
Grupo de Estudos sobre Aborto da Universidade Federal do Espirito Santo (GEA-UFES)
Coletivo de Mulheres Dona Astrogilda de Aracruz/ES
Coletivo Mulheres que Lutam de Guarapari/ES
Movimento Mulheres em Luta – MML/ES
Movimento de Mulheres Bertha Lutz do Estado do ES
ABJD Associação Brasileira de Juristas pela Democracia
AJD Associação Juízes pela Democracia – Núcleo ES
CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs Espírito Santo
Resisto ES
Frente Catarinense de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto.
8M – SC
Coletivo Mulheres Unidas – Lages (SC)
Coletivo Feminista Filhas da Luta – Araranguá (SC)
UJS feminista/SC
Coletiva Odoyá /SC
Frente de Doulas Ativistas.
Resistência Feminista – SC
Coletivo CoMBi – SC
Coletivo Bennu, PLPs Araraquara – SP
Comissão de Diversidade Sexual e Gênero – OAB/ES
Coletivo Capixaba Juristas Negros/as
FEJUNES
Coletivo Beco
Coletivo Marias
Nova Frente Negra Brasileira
CEBIES – Centro de Estudos Bíblicos
Mulheres das Ciências Criminais ES
Frente Pela Legalização do Aborto da Baixada Santista
RESISTÊNCIAS – Controle social, Memória e Interseccionalidades – Grupo de Pesquisa, Universidade Federal do ABC (UFABC)
Instituto política por.de.para Mulheres
Laboratório de Pesquisas sobre Violência contra a Mulher (LAPVIM) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
Socorristas en Red (feministas que abortamos)- Argentina
Colectiva Feminista La Revuelta – Neuquén, Patagônia, Argentina
Central Sindical e Popular – CSP Conlutas
Evangélicas Pela Igualdade de Gênero-EIG-ES
Coletiva Revolução Materna
União Cachoeirense de Mulheres (UCM)
Coletiva Geni
Círculo Palmarino
Rede Feminista Curviana
Coletivo Vozes Marias
Evangélicas pela Justiça de Gênero-ES
Fórum de gênero-ABB
Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe – ES
Fórum de Gênero ( Aliança de Batistas do Brasil)

NOTA PÚBLICA DEL FRENTE POR LA LEGALIZACIÓN DEL ABORTO DE ESPIRITO SANTO, BRASIL
¡Embarazo infantil es tortura!
Es de público conocimiento en la provincia de Espirito Santo, Brasil, y, a nivel nacional, el caso de una nena de 10 años de edad, que está embarazada, producto de una violación practicada por su tio.
La víctima es abusada sexualmente desde los 6 años. ¡La gestación es fruto de una violencia gravísima! La salud de esta niña fue violada en todos sus aspectos, tanto emocional, física, como socialmente. Será una violación aún mayor, si la interrupción de esa gestación, no es garantizada.
Existen hipótesis de aborto legal en nuestra legislación, para los casos de violación o cuando hay riesgos de vida para la gestante, no siendo necesaria una autorización judicial o un Boletín de Ocurrencia para solicitar en la primera circunstancia.
Uma lectura simple del artículo 128 del Código Penal, permite concluir que em esse caso, la niña está amparada POR LAS DOS HIPÓTESIS DE ABORTO LEGAL! No se trata de caso de interpretación jurídica, sino de simple lectura de la legislación vigente.
¡ES INDISCUTIBLE QUE ESTA NIÑA TIENE DERECHO AL ABORTO LEGAL, SEGURO Y GRATUITO!
¡Datos del propio Ministerio de Salud en Brasil, confirman que la MORTALIDAD MATERNA ES LA MAYOR EN LA FAJA ETÁRIA DE LOS 10 A LOS 14 AÑOS!
En documento emitido por la CLADEM, organización reconocida por la defensa de los derechos de las mujeres latino-americanas y caribeñas, titulado “JUGAR O PARIR”, está documentado que las niñas de 14 años o menos, por no tener aún formado el suelo pélvico, pueden sufrir muchas complicaciones físicas durante el embarazo y el parto. Sin mencionar los costos emocionales, daños psicológicos como depresión, ansiedad, estrés y trauma.
NIÑAS NO MADRES! EMBARAZO INFANTIL ES TORUTURA!
Basta de negación y vulnerabilización de los derechos a niñas y adolescentes!
Qué es lo que aún está en análisis? Existe una urgencia para salvar la VIDA de esta NIÑA! La vida de una criatura de 10 años, abusada sexual y psicológicamente hace 4 años, amenazada de vida por un familiar.
Es la VIDA de la NIÑA la que está en juego! O ESTADO precisa minimizar los daños y resguardar los derechos de esa niña.
El ESTADO ES RESPOSABLE! Cada dÍa que passa es uma tortura que viola más a esa niña.
Exigimos chega de violação de direitos para ela! la burocracia y la falta de celeridade solo la perjudican aún más.
Pedimos para que todes DENUNCIEN esta VIOLAÇÃO de diversos derechos y que EXIJAMOS para que sean garantizados los sus derechos, INMEDIATAMENTE!

Firman esta Nota Pública:
FRENTE PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO DO ESPÍRITO SANTO (FLAES)
Fórum de Mulheres do Espírito Santo/AMB (FOMES)
Grupo de Estudos sobre Aborto da Universidade Federal do Espirito Santo (GEA-UFES)
Coletivo de Mulheres Dona Astrogilda de Aracruz/ES
Coletivo Mulheres que Lutam de Guarapari/ES
Movimento Mulheres em Luta – MML/ES
Movimento de Mulheres Bertha Lutz do Estado do ES
ABJD Associação Brasileira de Juristas pela Democracia
AJD Associação Juízes pela Democracia – Núcleo ES
CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs Espírito Santo
Resisto ES
Frente Catarinense de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto.
8M – SC
Coletivo Mulheres Unidas – Lages (SC)
Coletivo Feminista Filhas da Luta – Araranguá (SC)
UJS feminista/SC
Coletiva Odoyá /SC
Frente de Doulas Ativistas.
Resistência Feminista – SC
Coletivo CoMBi – SC
Coletivo Bennu, PLPs Araraquara – SP
Comissão de Diversidade Sexual e Gênero – OAB/ES
Coletivo Capixaba Juristas Negros/as
FEJUNES
Coletivo Beco
Coletivo Marias
Nova Frente Negra Brasileira
CEBIES – Centro de Estudos Bíblicos
Mulheres das Ciências Criminais ES
Frente Pela Legalização do Aborto da Baixada Santista
RESISTÊNCIAS – Controle social, Memória e Interseccionalidades – Grupo de Pesquisa, Universidade Federal do ABC (UFABC)
Instituto política por.de.para Mulheres
Laboratório de Pesquisas sobre Violência contra a Mulher (LAPVIM) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
Socorristas en Red (feministas que abortamos)- Argentina
Colectiva Feminista La Revuelta – Neuquén, Patagônia, Argentina
Evangélicas Pela Igualdade de Gênero-EIG-ES
Coletiva Revolução Materna
União Cachoeirense de Mulheres (UCM)
Coletiva Geni
Círculo Palmarino
Rede Feminista Curviana
Coletivo Vozes Marias
Evangélicas pela Justiça de Gênero-ES
Fórum de gênero-ABB
Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe – ES
Fórum de Gênero ( Aliança de Batistas do Brasil)

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A organização TamoJuntas prorroga o prazo de submissão de trabalhos do edital 01/2020, referente ao lançamento da primeira edição da revista eletrônica “Revista TamoJuntas”, com tema “A Cultura do Estupro: violência sexual contra mulheres e meninas e contra população LGBTQIA+” . O prazo para submissão de trabalhos está prorrogado para o dia 31 de agosto.

Esta iniciativa contempla apenas mulheres cis e trans na escrita das suas experiências e/ou pesquisas ou divulgação das suas produções artísticas que educam, denunciam e expressam as inquietações sobre a temática abordada.
Nesta primeira edição, os trabalhos devem se enquadrar de acordo com os gêneros textuais indicados no edital nº01/2020. As inscrições são gratuitas.

Sobre a escolha do tema – A escolha do tema foi devido ao crime que aconteceu no Brasil em maio de 2016, na cidade do Rio de Janeiro, quando uma adolescente foi estuprada por 33 homens e teve sua violação publicada nas redes sociais. A vítima em questão sofreu julgamento social, além de violência institucional do delegado que acompanhava o caso e questionou a existência do crime, na tentativa de culpabilizar a adolescente. Com grande repercussão nos movimentos sociais, o delegado foi afastado do caso para garantir o acolhimento e a proteção da adolescente. Com esse caso, a TamoJuntas tornou-se conhecida nacionalmente como coletivo feminista de advogadas que faz o acolhimento de mulheres em situação de violência e, assim, expandiu sua atuação para todas as regiões do Brasil.

Sobre a publicação – A revista eletrônica TamoJuntas é um periódico semestral que visa a publicação de artigos, relatos de experiência, resenhas, crônicas, cordel, poesias e entrevistas de autoras brasileiras e estrangeiras; aceitando produções acadêmicas e/ou livres, visando ampliar a participação de mulheres na composição do material.

Para submissão, as autoras precisam enviar o trabalho e a ficha de inscrição devidamente preenchida, no e-mail revistaeletronica@tamojuntas.org.br

Abaixo os anexos para o processo de seletivo:

– Prorrogação do Prazo de Submissão dos Textos do Edital L Nº 01

Aviso de RETIFICAÇÃO do Edital Nº 01_2020 Revista TamoJuntas

EDITAL Nº01_2020_Revista_Eletronica_TamoJuntas

FORMULÁRIO DE SUBMISSÃO DE TEXTOS

Tamplate Padrao TamoJuntas

Dúvidas entrar em contato pelo e-mail revistaeletronica@tamojuntas.org.br

Relato de uma mãe no puerpério

* Por Naiara Bispo

“Amamentar é um ato de amor.” É com essa frase clichê que inicio esse texto.
Ninguém ensina a mulher que amamentar exige sacrifício e também é um sofrimento. Sofrimento em dose dupla. A mulher sofre fisicamente com fissuras no mamilos, ductos entupidos e dores no corpo. E ainda sofre psicologicamente, porque sabe que precisa alimentar aquele novo ser, que chegou e a atenção é voltada só para ele. A família vem com palpites e fórmulas milagrosas para melhorar a produção do leite. A equipe do Posto de saúde da família com aquela frase: “ Mãezinha, o leite é em demanda livre, viu?!”. Os amigos /colegas/vizinhos: “ Mulher, dê um engrossante( leia-se mingau)a esse menino. Ou “ Nossa, 2 anos e ainda mama? E ainda sai leite?”. São tantas frases que as mães ouvem que daria um livro.

Mas quase ninguém ou ninguém acolhe uma mãe após o nascimento de um filho. Ninguém a acolhe como mulher e ser pensante que tem gostos e vontades. Que vai ter dia que ela vai querer comer um chocolate e tá tudo bem. E outros dias ela vai tirar o leite do peito e colocar na mamadeira para alimentar seu filho, mas isso não a fará menos mãe, isso não significa que ela não ame aquele ser banguela que sorri enquanto ela chora, chora de cansaço. Isso significa que ela conhece seu limite, o limite do seu corpo e continua sendo mãe.

Eu, neste momento estou com meu novo ser no colo enquanto escrevo e lembro-me dos médicos falando que a amamentação seria fácil dessa vez, já que era o segundo filho. Mas não foi e nem tá sendo. Cada bebê é diferente, cada ambiente é diferente e posso dizer que até mãe de dois filhos é diferente a cada experiência com seu filho.

Que nesse 1° de agosto e em todos os dias do ano, possamos respeitar e acolher as mães que amamentam e as que não amamentam também. E que além de ato de amor, terá também sofrimento e sentimento de culpa. Então, respeite-se e quando chegar seu limite, não se culpe.

*mãe de Liz ( 4 anos) e Tarick (1 mês) e Assistente Social Tamojuntas

TamoJuntas Prorroga Edital da Revista Eletrônica Feminista

A organização TamoJuntas prorroga o prazo de submissão de trabalhos do edital 01/2020, referente ao lançamento da primeira edição da revista eletrônica “Revista TamoJuntas”, com tema “A Cultura do Estupro: violência sexual contra mulheres e meninas e contra população LGBTQIA+” . O prazo para submissão de trabalhos está prorrogado para o dia 31 de agosto.

Esta iniciativa contempla apenas mulheres cis e trans na escrita das suas experiências e/ou pesquisas ou divulgação das suas produções artísticas que educam, denunciam e expressam as inquietações sobre a temática abordada.
Nesta primeira edição, os trabalhos devem se enquadrar de acordo com os gêneros textuais indicados no edital nº01/2020. As inscrições são gratuitas.

Sobre a escolha do tema – A escolha do tema foi devido ao crime que aconteceu no Brasil em maio de 2016, na cidade do Rio de Janeiro, quando uma adolescente foi estuprada por 33 homens e teve sua violação publicada nas redes sociais. A vítima em questão sofreu julgamento social, além de violência institucional do delegado que acompanhava o caso e questionou a existência do crime, na tentativa de culpabilizar a adolescente. Com grande repercussão nos movimentos sociais, o delegado foi afastado do caso para garantir o acolhimento e a proteção da adolescente. Com esse caso, a TamoJuntas tornou-se conhecida nacionalmente como coletivo feminista de advogadas que faz o acolhimento de mulheres em situação de violência e, assim, expandiu sua atuação para todas as regiões do Brasil.

Sobre a publicação – A revista eletrônica TamoJuntas é um periódico semestral que visa a publicação de artigos, relatos de experiência, resenhas, crônicas, cordel, poesias e entrevistas de autoras brasileiras e estrangeiras; aceitando produções acadêmicas e/ou livres, visando ampliar a participação de mulheres na composição do material.

Para submissão, as autoras precisam enviar o trabalho e a ficha de inscrição devidamente preenchida, no e-mail revistaeletronica@tamojuntas.org.br

Abaixo os anexos para o processo de seletivo:

– Prorrogação do Prazo de Submissão dos Textos do Edital L Nº 01

Aviso de RETIFICAÇÃO do Edital Nº 01_2020 Revista TamoJuntas

EDITAL Nº01_2020_Revista_Eletronica_TamoJuntas

FORMULÁRIO DE SUBMISSÃO DE TEXTOS

Tamplate Padrao TamoJuntas

Dúvidas entrar em contato pelo e-mail revistaeletronica@tamojuntas.org.br

Noiva expõe machismo em curso de igreja e provoca reflexão

“Se você quer ter o seu marido emocionalmente conectado a você, faça sexo regularmente com ele”

“O homem fica nervoso e muito irritado quando fica muitos dias sem fazer sexo”

“Quer ter um homem tranquilo, sereno e calmo ao seu lado? Você saberá o que fazer”

Os “conselhos” acima são trechos de um material entregue no curso de noivos que a Igreja Adventista promove para casais que estão prestes a casar. Ele foi editado em 2019 pela Divisão Sul Americana da IASD, ou seja, foi revisado pouco tempo atrás. Ao ler e perceber que existem coisas muito perigosas nas entrelinhas do material, a campo-grandense e corretora de seguros Jéssica Arruda, de 28 anos, decidiu falar abertamente sobre o assunto na internet. O vídeo (veja acima) com mais de 50 mil visualizações e 1,3 mil comentários no Instagram bombou na internet e balançou a comunidade cristã.

O que preocupou a corretora foi a possibilidade de as pessoas não perceberem o significado de algumas ideias presentes no material. Ideias que legitimam abuso, assédio, violência e transferência de responsabilidade, especialmente para a mulher.  Por isso, sem nenhum medo ou receio de exposição, Jéssica ‘rasgou o verbo’.

É claro que o posicionamento da campo-grandense chamou atenção entre seus 1,6 mil seguidores e dividiu opiniões. Mas, o intuito, segundo ela, foi alertar mulheres que carregam sozinhas inúmeras responsabilidades e apontar a necessidade de mudança sobre a abordagem do curso, “afim de uma sociedade menos machista, opressora, violenta e abusiva”, descreve.

Em 17 minutos de vídeo, Jéssica expõe que ao participar do curso, sabia que discursos ultrapassados seriam ditos, mas não imaginava que eles seriam tão perigosos. “Eu sei que a igreja faz cursos como esses tentando alertar o casal para coisas que vão viver no futuro, mas, apesar da intenção, alguns conselhos estão mais próximos da violência, do abuso e de sobrecarregar o parceiro ou parceira”, expõe a corretora que não se deixa levar pelo discurso de muitas instituições religiosas e fala abertamente o que pensa sobre machismo, sociedade patriarcal e o fardo de inúmeras mulheres

“A gente é criada numa cultura em que há o mito de que o homem tem mais necessidade sexual que a mulher. E eu sinto em dizer que não é. Não faz sentido”, diz. “Se você um dia pensou que isso é verdade, eu estou aqui pensando que seria injusto da parte de Deus colocar isso inerente ao corpo físico”, acrescenta.

Jéssica também usa o vídeo para relacionar os discursos com o gigantesco número de casos de violência doméstica e feminicídios. “O número de violência doméstica dentro de uma relação é enorme, tudo isso porque se entende como normal um homem ficar violento porque a mulher não quer sexo”, exemplifica.

Na chuva de comentários, apesar de dezenas de reações positivas, de fieis e não fiéis da igreja, muita gente também sugeriu que Jéssica apenas ignorasse o conteúdo, aparentemente incomodados com a exposição do erro da igreja.

“A minha preocupação maior e a do meu noivo é que ninguém ficou incomodado. As pessoas concordam e aí é que mora o perigo, de esse comportamento ser cada vez mais normalizado.  A igreja tem tanta influência sobre as pessoas, e tudo o que ela fala normalmente as pessoas abaixam a cabeça e só absorvem, então eu achei que seria a oportunidade de problematizar mesmo”, disse em entrevista ao Lado B nesta sexta-feira, após inúmeras interações com seus seguidores.

“A proposta não foi falar como tem que ser, mas mostrar onde está o erro e como a igreja tem que promover a reflexão certa. Não é colocar homem em uma caixinha e mulher em outra, porque vão existir dinâmicas diferentes.”

Na visão de Jéssica, é papel da igreja é alertar aquilo que é perigoso e o que vai trazer sofrimento. “Porém, a abordagem ali estava muito errada e muito perigosa. E pelo o que eu tenho lido nas mensagens, muita gente já tinha tido acesso ao material, mas imagino que nem todo mundo sabia dizer de fato qual era o problema. Eu acho que meu vídeo contribuiu demais para que as pessoas percebam e identifiquem qual é a problemática. Eu consegui provocar exatamente o que eu queria.”

“Adventista de berço” como se define, Jéssica é a terceira geração da família de adventistas e sempre fez parte da igreja, participou de ministérios e foi líder na instituição.  Apesar da exposição e da proporção que a crítica ao manual elaborado pela igreja tomou, ela diz que permanecerá na rotina religiosa porque acredita que pode fazer a diferença apontando os erros.

Ela acredita que se tivesse apenas ficado decepcionada e saído da igreja sem falar nada, o problema seria maior. “A igreja continuaria doutrinando mais pessoas sem ninguém questionar. Então vamos problematizar e está na hora de mudar. Dessa maneira eu acho que consigo provocar mudanças muito maiores, sempre que a igreja fazer algo que vá contra a Bíblia.”

Ela ainda descreve o pensa  sobre as igrejas. “Igreja é uma comunidade que se relaciona, ela é uma escolha consciente de se reunir com pessoas que pensam como você. A igreja erra, a igreja tem suas limitações. Lembro de um pastor que falava que a igreja nada mais é do que um hospital onde tem um monte de gente doente tentando se curar. A igreja não é lugar de gente saudável, se fosse todo mundo saudável você não precisava dela. Então, eu fico muito assustada com a repercussão desse vídeo em que as pessoas ficam mais preocupadas de deu ter escrachado todos os erros do que o problema em si, como estupro, abuso e maridos sofrendo porque acham que tem que resolver tudo. Isso são pensamentos de fieis que ainda não entenderam o que é igreja”, finaliza.

Promessa de mudança – Com a repercussão do vídeo e milhares de visualizações, a Igreja Adventista se posicionou nas redes sociais da corretora. Em comentário, a congregação disse lamentar o ocorrido e afirmou que os materiais foram retirados de circulação para revisão dos autores.

Reportagem originalmente publicada em campograndenews.com.br

Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha

Por *Eunice Suelen da Hora e Silve Elen Braga.

Através da construção social e histórica, o racismo que se manifesta de diversas formas e locais, atinge as mulheres negras nas diversas estruturas que fazem parte, pois a natureza das relações de dominação e subordinação que operavam na escravização, refletem até hoje nos diversos índices ocupado por elas. Essa diferença é percebida nas relações entre o sexo, nos altos índices de feminicídio e violência contra mulher, nos baixos índices de escolaridade, a falta de acesso à educação e alto indices de analfabetismo, subempregos entre outros, fortalecendo assim as relações de poder, na qual foi ensinada para as mulheres negras que são submissas e inferiores, negando o protagonismo da sua história numa sociedade tão desigual.

Sendo assim, ser mulher preta diante todas as desigualdades é carregar no nosso corpo saberes da Ancestralidade de todo um povo e (re)criar em todo amanhecer estratégias de sobrevivência para vencer o racismo, machismo e todas as formas de opressões. É ser resistência, luta, companheirismo, colo e sabedoria, cuidado com os seus e com os outros na sua caminhada.

Ser mulher preta é enfrentar os obstáculos impostos pela sociedade mostrando que somos capazes de realizar qualquer atividade e sermos donas do nosso destino, mesmo que muitos ainda não sejam capazes de reconhecer e legitimar as nossas conquistas diárias, que podem nos levar onde quisermos, pois estamos fortalecidas a todo momento em não parar de buscar conhecimentos e aprimorar nossas habilidades.

Por fim, ser mulher preta é sempre está em busca para acessar os diversos espaços que por muito tempo nos proibiram de adentrar, é se posicionar quando tentarem falar sobre nossas vivencias, nossas dores, nos fazendo entender que nossas falas não tinham importância alguma para a sociedade e para as classes dominantes na qual fomos a todo tempo invisibilidades e por esse motivo a luta se torna diária para conquistar e mostrar a importância do nosso lugar de fala.

Que nesse Julho das Pretas o colo das nossas ancestrais nos sirvam de afago e que seus ombros nos sirvam de apoio para continuarmos avançando na luta coletiva para nossa sobrevivência e nosso protagonismo, pois até aqui, já sabemos que somos donas do nosso próprio caminhar.

* Assistente Sociais

Últimos dias para submissão de trabalhos na Revista TamoJuntas

A organização TamoJuntas torna pública as inscrições para submissão de textos no edital 01/2020, referente ao lançamento da primeira edição da revista eletrônica “Revista TamoJuntas”, com tema “A Cultura do Estupro: violência sexual contra mulheres e meninas e contra população LGBTQIA+” . O prazo para submissão de trabalhos encerra 31 de julho.

Esta iniciativa contempla apenas mulheres cis e trans na escrita das suas experiências e/ou pesquisas ou divulgação das suas produções artísticas que educam, denunciam e expressam as inquietações sobre a temática abordada.
Nesta primeira edição, os trabalhos devem se enquadrar de acordo com os gêneros textuais indicados no edital nº01/2020. As inscrições são gratuitas.

Sobre a escolha do tema – A escolha do tema foi devido ao crime que aconteceu no Brasil em maio de 2016, na cidade do Rio de Janeiro, quando uma adolescente foi estuprada por 33 homens e teve sua violação publicada nas redes sociais. A vítima em questão sofreu julgamento social, além de violência institucional do delegado que acompanhava o caso e questionou a existência do crime, na tentativa de culpabilizar a adolescente. Com grande repercussão nos movimentos sociais, o delegado foi afastado do caso para garantir o acolhimento e a proteção da adolescente. Com esse caso, a TamoJuntas tornou-se conhecida nacionalmente como coletivo feminista de advogadas que faz o acolhimento de mulheres em situação de violência e, assim, expandiu sua atuação para todas as regiões do Brasil.

Sobre a publicação – A revista eletrônica TamoJuntas é um periódico semestral que visa a publicação de artigos, relatos de experiência, resenhas, crônicas, cordel, poesias e entrevistas de autoras brasileiras e estrangeiras; aceitando produções acadêmicas e/ou livres, visando ampliar a participação de mulheres na composição do material.

Para submissão, as autoras precisam enviar o trabalho e a ficha de inscrição devidamente preenchida, no e-mail revistaeletronica@tamojuntas.org.br

Abaixo os anexos para o processo de seletivo:

– Retificação do Edital nº01/2020Aviso de RETIFICAÇÃO do Edital Nº 01_2020 Revista TamoJuntas

– Edital 01/2020 EDITAL Nº01_2020_Revista_Eletronica_TamoJuntas

– Formulário de inscrição FORMULÁRIO DE SUBMISSÃO DE TEXTOS

– Template Padrão Tamplate Padrao TamoJuntas

Dúvidas entrar em contato pelo e-mail revistaeletronica@tamojuntas.org.br

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