Mutirões de Atendimento Lei Maria da Penha

Mutirões de Atendimento Lei Maria da Penha

Este projeto foi planejado para um encontro por mês durante 7 meses. Cada encontro contou com diversas mulheres e teve como atividades: rodas de conversas, intervenções artísticas, oficinas de auto-cuidado, sorteios de brindes, além de atendimentos multidisciplinares. individualizados. Os encontros tiveram o objetivo de promover um ambiente acolhedor para as mulheres discutirem sobre a violência de gênero e suas interfaces ao mesmo tempo que vivenciaram momentos de maior integração e senso de comunidade nos momentos de refeição, nas oficinas, no bazar solidário e outras dinâmicas para favorecer os laços entre mulheres.

Data (inicio e fim): junho a dezembro de 2016

Parceiros: Igreja Batista Nazareth e CESE – Coordenadora Ecumênica de Serviço

Mutirões de Atendimento TamoJuntas nos bairros de Salvador

Mutirões de Atendimento TamoJuntas nos bairros de Salvador

Foram mutirões realizados em diversos bairros de Salvador, em espaços cedidos por igrejas, terreiros de candomblé, escolas e sede de associação de moradores. Todos organizados pela TamoJuntas em parceria com a comunidade local com duração de um dia. Os mutirões têm como atividades: rodas de conversa sobre violência de gênero, doméstica e familiar e suas interfaces, intervenções artísticas, oficinas de autocuidado, dinâmicas de sociabilização, além de oferecer atendimentos multidisciplinares individualizados. Este projeto teve como objetivos promover reflexão sobre a violência, criar espaço seguro para acolhimento e denúncia, ofertar atendimento individualizado com orientação jurídico-social, bem como descentralizar os mutirões, garantindo mais inclusão nos atendimentos.

Data (inicio e fim): 2017 – 2019

Parceiros: ONG Avante- Educação e Mobilização Social / Associação de Moradores da Rua Amazona de Baixo/ Igreja Batista Adonai Cajazeiras/ Igreja Presbiteriana Unida de Salvador/ Terreiro Ilê Axé Torrun Gunan / Quilombo Zeferina

Mutirões TamoJuntas pelo Brasil

Mutirões TamoJuntas pelo Brasil

Os mutirões pelo Brasil tiveram como objetivo fortalecer os núcleos regionais de voluntárias e a atuação da TamoJuntas nas diversas regiões do país replicando a experiência bem sucedida dos mutirões em Salvador. Outro objetivo foi a apresentação e visibilidade da TamoJuntas  para as mulheres desses estados, para os meios de comunicação, a rede de enfrentamento à violência contra mulher local, com participações da OAB, Ministério Público, Câmara de Vereadores e a outras ONG’s. Nesse projeto foram realizados encontros entre mulheres com rodas de conversas, intervenções artísticas, oficinas de auto-cuidado além de atendimentos multidisciplinar individualizados Os mutirões aconteceram nos estados de Sergipe, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará e Rio de Janeiro.

Data (inicio e fim):  2º semestre de 2017

Parceiros: CESE  – Coordenadora Ecumenica de Serviço

Mutirão pelo desencarceramento

Mutirão pelo Desencarceramento

Com o intuito de emergencialmente combater a atual política criminal seletiva, objetiva-se alterar o atual cenário das presas provisórias na cidade de Salvador-BA, Teresina-PI e São Paulo-SP com a diminuição do encarceramento feminino preventivo, o qual é reflexo das severas desigualdades de gêneros.

Dessa forma, busca-se por meio do atendimento especializado pautado pelo feminismo e princípios antirracistas e LGBTQifóbicos prestar assessoria jurídica gratuita a mulheres em situação de encarceramento, do qual tem como consequências a submersão em diversas outras violências oriundas do cerceamento da liberdade preliminar.

Por isso, propõe-se por meio do atendimento feminista acolhedor oferecer as mulheres em situação de prisão preventiva que não possuem advogados(as) nos estabelecimentos penais acesso a justiça de forma emergencial por meio da utilização das medidas judiciais cabíveis.

Não seremos interrompidas! Nota de apoio a co-vereadora e a Mandata Coletiva Pretas por Salvador

A Tamo Juntas vem a público expressar seu total repúdio ao ocorrido na Sessão do dia 03 de abril de 2023, na Câmara Municipal de Vereadores de Salvador e sua irrestrita solidariedade e apoio a co-vereadora Cleide Coutinho e a Mandata coletiva Pretas por Salvador pela violência política sofrida na sessão de ontem.

A situação foi gerada por outro vereador que pediu à sua assessora que ficasse sentada na cadeira destinada a parlamentares fazendo chacota e incitando outros vereadores a invocar o regimento. Com o objetivo de violentar a co-vereadora, o parlamentar que presidiu a sessão convocou a assistência militar para a retirada de Cleide Coutinho da cadeira destinada a Mandata.

A Mandata coletiva Pretas por Salvador é fruto da luta de mulheres negras para ocupação do espaço político em compromisso com as lutas sociais. Foi eleita pelo povo de Salvador justamente por representar um projeto coletivo de ocupação do espaço político por mulheres negras. Representa, para além de suas e seus eleitores diretos, a luta pelo reconhecimento dos mandatos coletivos e do protagonismo de mulheres negras no poder. A violência política sofrida por Cleide Coutinho ilustra as inúmeras tentativas de interditar uma candidatura eleita democraticamente de exercer sua função parlamentar. Evidencia ainda o recorte racial e de gênero que revela a face machista e racista da violência política sofrida.

É importante salientar que ainda que os mandatos coletivos não tenham uma regulamentação legal, já são realidade no campo da política mostrando que a representação parlamentar coletiva é uma escolha popular, democrática e absolutamente legítima. Invocar um regimento para promover a exclusão e a interdição do acesso de uma co-vereadora é um desrespeito à vontade popular e uma atitude autoritária e reacionária, típica daqueles que não se conformam em ver mulheres negras eleitas. Retomando a força das palavras de Marielle Franco: “ Não seremos interrompidas”.

Toda solidariedade e apoio a Cleide Coutinho e a Mandata Pretas por Salvador! Confira todas as organizações e entidades que assinaram a nossa nota:

Associação Papo de Mulher
CEN – Coletivo de Entidades Negras
Frente de luta popular
Tamo Juntas
Odara – Instituto da Mulher Negra
Associação Papo de Mulher
Coletivo Mulheres em Luta
Ayomidê Yalodê Coletiva de Mulheres Negras e LBTs
Associacai Carnavalesca Bloco Afrp Ginga do Negro
IBADFEM
Mandata Coletiva Pretas por Salvador
CONAM
Pro Diversidade
Casa Marielle Franco Brasil
Rejane Magaly Andrade Llma Miranda Maia
CORRE Coletivo Cênico
UFRB
Maracatu Baque Mulher Salvador
Coletivo Feminista Luiza Mahin
Grupo de Estudos e Pesquisa Candaces sobre Gênero, Raça Cultura e Sociedade
Mulheres de Luta da Ceasa
Fórum de pós ocupação
Instituto Sumaúma
Coletivo Apaoká
Afoxé Kambalagwanze o
Liga Brasileira de Lésbicas
PSOL Feira de Santana
Instituto Patrícia Galvão
APS/PSOL
Frente de Luta Popular
Movimento Nacional de Luta por Moradia
Instituto Renascer Mulher
Janice Francisca Ribeiro de Jesus
Edneia Brás da Silva
JANICE Francisca Ribeiro de Jesus
Osvaldira Maria Bonfim Conceição
Movimente frente de luta popular
Aldeia do cachimbo
Associação de Mulheres Koxerê
FRENTE DE MULHERES DE CAJAZEIRAS
Associação das Paradas do Orgulho LGBT de Salvador ASPOLGBT
Coletivo de Mulheres em Jacinta Passos
NUDESC Núcleo de Desenvolvimento Social e Cultural da Bahia
Associação dos Sem Tetos de Conceição do Almeida BA
Grupo de pesquisa CANDACES da UNEB
Cristiane Alves de Oliveira
Feti de lutar por moradia
Frente de luta popular
NEPEM – Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher, UFMG
frente de luta popular
Mandato do Vereador Jhonatas Monteiro – PSOL Feira de Santana
Sueli Barreto dos Santos
Partido Unidade Popular Pelo Socialismo
MNLM- Movimento Nacional de Luta pela Moradia RJ
Frente de luta Popular
Movimento Nacional de População de Rua Bahia
Naelcio Cleon Soares
Psol Mogi das Cruzes SP
Grupo de Pesquisa Docência, Narrativas e Diversidade na Educação Básica – DIVERSO
Movimento Social de Mulheres Evangélicas do Brasil (MOSMEB)
Maturidade LGBT Mogiano 🏳️‍🌈🏳️‍⚧️
Frente de Luta Popular
REDEH- Rede de Desenvolvimento Humano
IROHIN Centro de Documentação, Comunicacão e Memória Afro Brasileira
Círculo Palmarino ES
Movimento de Mulheres Negras Dandara do Sisal
União Brasileira de Mulheres – UBM
Gleide dos Santos Messias
Partido Verde/PV Mulher
Fórum Nacional Marielles
CEPIA
(UNALGBT) União Nacional de Lésbicas Gays Bissexuais Travestis e Transsexuais
Sandra Viana Soares Elias
Fonatrans
Coletivo Nacional de Juventude Negra – ENEGRECER
Movimento Negro Unificado – MNU
RENFA
Rede de Humanização do Parto e Justiça Reprodutiva da Bahia (REJUR)
Associação Metropolitana dos Estudantes de Salvador – AMES SALVADOR
Movimento Correnteza
União da Juventude Rebelião – BA
AMES Salvador
Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (FENET)
Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas de Feira de Santana (AMES Feira de Santana)
Coletivo Mulheres de Atitude
União da Juventude Rebelião – UJR
MUCB – Mulheres Unidas Com o Brasil, militante do PSOL
União de Negras e Negros Pela Igualdade
Movimento nacional de luta por moradia
Mirela Nascimento

CENTRAL UNICA DOS TRABALHADORES – CUT
FPI
Instituto ECOS
AMT – Associação das Mulheres da Timbalada
COLETIVO RESISTENCIA PRETA

Tamo Juntas contra violência política de gênero!

A Tamo Juntas contra o fechamento do Escritório Social da Bahia

Viemos à público expressar nossa indignação diante da notícia do fechamento do Escritório Social da Bahia pelo governo estadual, já previsto para o dia 03 de março. O Escritório Social da Bahia, inaugurado em dezembro de 2020, é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e o Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes (UNODC) em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização que visa oferecer suporte multidisciplinar para as pessoas egressas do sistema prisional e seus familiares.
O Escritório Social, o sexto inaugurado no país, representa um avanço significativo na política penitenciária que deve promover a reinserção das pessoas egressas do sistema prisional à sociedade. A atuação do Escritório Social da Bahia, em seu ainda pouco tempo de existência, tem se mostrado estratégica e atuante no acesso das pessoas egressas e seus familiares à políticas públicas de acesso a direitos sociais básicos como emprego e renda, moradia, combate à miséria em consonância com o dever do Estado na ressocialização das pessoas egressas do sistema prisional. Soma-se a isso o contexto de pandemia do COVID-19 e o cenário de retrocessos nacional que agravam a condição dos grupos mais vulnerabilizados e atingidos pela crise sanitária, econômica e social que estamos atravessando, na qual equipamentos como o Escritório Social tem cumprido papel fundamental no acesso a políticas públicas e garantia de direitos.
Salienta-se que um dos pilares da política criminal estatal é a reabilitação dos sujeitos egressos para a vida em sociedade, visto que não existe pena perpétua nem o degredo, pois são mecanismos incompatíveis com um estado democrático e pautado nos direitos humanos. O Estado deve promover o acesso das pessoas egressas a direitos básicos e promover políticas de reintegração ao convívio social e o Escritório Social tem se revelado um avanço significativo na efetivação de uma política criminal coadunada com o estado democrático de direito fazendo frente a um sistema carcerário que viola sistematicamente os direitos e garantias fundamentais.
A Tamo Juntas possui atuação no sistema penitenciário desde 2017, através do projeto Mutirão Feminista pelo Desencarceramento, que vem realizando ações junto ao Complexo Penal Feminino de Mata Escura na cidade de Salvador-BA. Nossa atuação volta-se a representação judicial de mulheres que cumprem prisões provisórias arbitrárias bem como a articulação política na luta pela população carcerária, especialmente mulheres. No desenvolvimento das atividades, contamos com o apoio e o compromisso da equipe do Escritório Social da Bahia tendo sido inclusive realizada uma visita institucional ao equipamento e a realização de atividades conjuntas na unidade feminina onde atuamos.
Como uma Organização pautada na defesa intransigente dos direitos humanos, consideramos inaceitável o fechamento arbitrário de um equipamento voltado ao atendimento das pessoas egressas e seus familiares. Sabemos que a reinserção das pessoas egressas é marcada pelo estigma e preconceito, dificultando a ressocialização e implicando na alta reincidência. Assim, reivindicamos a continuidade dos atendimentos no Escritório Social da Bahia como um equipamento público imprescindível para o acesso e reintegração das pessoas egressas, sendo esse um dever do Estado.
O fechamento deste equipamento público representa um retrocesso e um ataque aos direitos das pessoas egressas e seus familiares, contribuindo para a reincidência e relegando as pessoas egressas e seus familiares a uma situação de marginalidade e negação de direitos. Soma-se a isso, a forma abrupta da interrupção dos serviços que revela a falta de compromisso do governo com as pessoas atendidas, com a equipe e com a sociedade ignorando a importância de um serviço voltado para atender a demanda das pessoas egressas e seus familiares.
Desta forma, estamos na luta pela continuidade do Escritório Social da Bahia por compreendermos esse equipamento como o avanço necessário na luta pelos direitos das pessoas egressas do sistema carcerário e seus familiares, que não podem ser relegados à marginalidade e invisibilidade. Não podemos admitir este retrocesso que acaba por denunciar uma política criminal punitivista pautada no encarceramento em massa da população pobre e negra e na violação sistemática dos direitos e garantias fundamentais.
Escritório Social fica!

O olhar do Serviço Social para violência doméstica: Psicológica e Sexual

Por Janaína Ferreira Santos

 

Resumo:
O presente artigo tem como objetivo identificar e fomentar os aspectos da
violência doméstica, sendo assim, conforme é caracterizado sob a Lei Maria
da Penha 11.340, outros tipos de Violência como: A moral, patrimonial e física,
enfatizando a violência Psicológica e Sexual. O olhar do Serviço Social como
ponto relevante no acompanhamento e direcionamento as redes de apoio a
mulher que sofre a violência. Sendo assim, o Serviço Social apropria – se da
escuta ativa e dos instrumentos técnicos operativos no que se refere a
demanda que lhe foi referida.
Palavras-chave: Violência Doméstica; Psicológica; Sexual; Serviço Social.

1 – Contextualização da Violência doméstica

A violência doméstica é um assunto que vem sendo discutido ao longo do
tempo, e com isso, vem causando, dores e sofrimentos a mulheres e jovens
que são agredidas pelos seus companheiros dentro do seus lares ou fora dele.
Sendo assim, vale ressaltar que todo tipo de violência não deixar de ser uma
agressão, seja ela física, psicológica e Sexual. Partindo desses pontos
relevantes a serem explanados e discutidos, a cerca da violência requer uma
atenção primordial a pessoa que sofre e punição a quem comente, o agressor.
As violências domésticas ocorrem no âmbito familiar ou do místico, entre
quaisquer dos membros da família. Destaca-se o fato de esse tipo de violência,
está sendo, aqui, referido no plural, por se tratarem de diversas formas de
violência que podem ocorrer nesse espaço.
Dentre os possíveis agressores estão: maridos, amásios, amantes, namorados
atuais, ou, até, ex namorado ou ex cônjuges conforme acima Cavalcante
(2000,p.229).

2 – Violência Psicológica e Sexual

Portanto, identificar a violência Psicológica, parte das premissas de ações que
parte do agressor que deixa a pessoa que está sofrendo a violência em estado
de vulnerabilidade.

É toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano à auto – estima, à
identidade ou ao desenvolvimento da pessoa inclui: ameaças, humilhações,
chantagens, cobrança de comportamento, descriminação, exploração, crítica
pelo desempenho sexual, não deixa a pessoa sair de casa, provocando o
isolamento de amigos e familiares ou impedir que ela utilize seu próprio
dinheiro. Dentre as modalidades de violência e a mais difícil de ser identificada.
Apesar de ser bastante frequente, ela pode levar a pessoa a se sentir
desvalorizada, sofrer de ansiedade e adoecer com facilidade, situações que se
arrastarem durante muito tempo, e se agravado, podem levar a pessoa a
provocar suicídio. (Brasil,2001). Toda violência Psicológica, tem sérias
consequências, onde a pessoa que é acometida, passa por pressões psíquicas
e emocionais ao ponto de ser acompanhada por profissionais da área de
psicologia e psiquiatria. Os danos causados, podem ser irreversíveis, diante da
violência Psicológica.

Vale ressaltar, não só a violência Psicológica, mas também é importante
destacar a violência sexual. Para o ministério da saúde a violência sexual é
toda ação na qual , uma pessoa em situação de poder, obriga uma outra a
realização de práticas sexuais contra a vontade, por meio da força física
sexuais contra a vontade, por meio da força física da influência psicológica,
intimação, aliciamento, sedução) ou do uso de drogas.

2.1 – Acolhimento do Serviço Social a pessoa que sofreu a violência
doméstica

A visão do Serviço Social diante da violência doméstica, parte do acolhimento e
apropriação da causa da pessoa que sofreu a violência. O Profissional, segue
com a escuta ativa e segue com os instrumentos técnicos operativos para
fomentar e seguir com demanda a que lhe foi direcionada.
[…] um processo de intervenção profissional que incorpora as relações
humanas. Limita ao ato de receber alguém, mas uma sequência de atos
dentre de um processo de trabalho. Envolva um escuta social qualificada,
com uma valorização da demanda que procura o serviço oferecido, a

identificação da situação problema, não âmbito individual, mas como também
coletivo ( ibid.p,58).
O Serviço Social tem um papel fundamental na articulação ao serviços e redes
de apoio a pessoa que sofre violência doméstica. Sendo assim, é de cunho
relevante para demanda.

Conclusão:
A violência doméstica, Psicológica e Sexual, são violências acometida pelos
agressores, e com isso, a mulher agredida passa por constrangimentos e
humilhações diante da família e da sociedade. Infelizmente, é algo que precisa
ser visto de uma forma generalizada para que a as ações sejam coesas e
efetivas diante dessa mulher. São danos causados, na sua maioria são bem
agressivos. Diante disto, o Serviço Social entende que a escuta ativa e o olhar
para o acolhimento são essenciais para esse primeiro momento do
atendimento e encaminhamento as redes de proteção e cuidado. Portanto, é
importante retratar que todo atendimento prestado pelo Serviço Social, segue
na base do sigilo sem exposição a qualquer situação que parta da assistida.
Preservando a sua dignidade moral, psíquica e social.

Referências:
 CARAVANTES, L. Violência intrafamiliar em la reforma del sector salud.
In: COSTA, A.M.; MERCHÁN-HAMANN, E.; TAJER, D. (Orgs.). Saúde,
eqüidade e gênero: um desafio para as políticas públicas. Brasília:
Editora Universidade de Brasília, 2000. P.18.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Violência intrafamiliar: Orientações para prática em serviço. Brasília,
2001.
 SILVA JÚNIOR, A.G.; MASCARENHAS, M. T.M. Avaliação da Atenção
Básica em Saúde sob a ótica da Integralidade: aspectos conceituais e
metodológicos. In: PINHEIRO R.; MATTOS, R. A. de (org).Cuidado: as
fronteiras da Integralidade. 3ª Ed. Rio de Janeiro: UERJ, IMS:
ABRASCO, 2006. P. 241-58.

Nota de Repúdio à Folha de São Paulo

Nós da Tamo Juntas, assim como todo pais, fomos abaladas pela notícia trágica da morte da cantora Marília Mendonça no dia 5/11/2021, para além de ser uma perda repentina de uma artista cujo trabalho alcançou enorme sucesso no cenário nacional nos últimos anos, Marília Mendonça construiu sua história artística focada nas questões emocionais do universo feminino. Reconhecida como Rainha da sofrência, suas composições trouxeram, na verdade, uma abordagem diferente do que já havia sido produzido no universo sertanejo, Marília construiu um discurso de superação, de valorização da mulher, de sororidade e de muito autoamor e autocuidado feminino. Por essa razão, o texto divulgado pelo Jornal Folha de São Paulo em seu obituário, para além de ser um desrespeito a todas as mulheres e ao luto de todos que amam Marília Mendonça, reverbera, alimenta, reforça o machismo, a misogenia, discursos opressivos pautados em padrões irreais e podres de beleza e sucesso, que oprimem e levam incontáveis mulheres à depressão, à solidão, ao isolamento social, a estagnação… É igualmente triste e revoltante que, sobretudo, num momento tão frágil de luto de toda uma nação por uma figura feminina que, indiscutivelmente, alcançou sucesso pelo seu admirável talento e personalidade, tenhamos que lidar com textos como o da Folha e São Paulo, vergonhosamente carente de  empatia, cruelmente disposto a ridicularizar uma mulher que se tornou estrela, que carregava consigo uma voz e um corpo potente, imponentes e que inspirava e continuará inspirando muitas mulheres a serem livres e mais felizes com o que elas são e merecem ter.
Marília construiu seu caminho (suas composições revelam isso!) escolhendo o amor, o auto amor e a sororidade e sua obra conquistou a tantos e em tão pouco tempo porque, como disse Bell Hocks:  “No momento em que escolhemos amar, começamos a nos mover contra a dominação, contra a opressão. No momento em que escolhemos amar, começamos a nos mover em direção à liberdade, a agir de formas que libertam a nós e aos outros.” Indubitavelmente, o jornal Folha de São Paulo não foi movido pelo amor ao escrever, aprovar e publicar o texto que cruelmente descreveu Marília Mendonça pelo olhar de alguém que observa a realidade e as mulheres por um pequeno buraco sujo e obstruído de fechadura, por alguém que ignorou em Marília a força, a beleza, a empatia, o talento e a capacidade de provocar mudanças positivas, verdadeiras revoluções pessoais em outras mulheres.
Se, diferente de Marília Mendonça, a Folha de São Paulo não escolheu o amor, grande azar o deles, mas não é por isso que precisamos compartilhar a desgraça de quem não sabe amar, merecemos respeito, a memória e a família de Marília Mendonça merece respeito e por isso a Folha deve, pelo menos, remediar o mal que causou publicando nota de desculpas e promessa de que guardarão para eles a crueldade e misoginia que os orientam, pois, conforme nossa Constituição Federal, art. 1°, III, o respeito a dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos que sustentam o nosso Estado Democrático de Direto e não abriremos mão disso como Marília Mendonça não abria.
Previous Next
Close
Test Caption
Test Description goes like this